Pé cansado de caminhos excaminhantes
Ricardo Guarnieri
Fim de ano começa toda a mesma ladainha de presentinhos e o velho barbudo com cara de bonzinho que estoura todos os IPVAS e IPTUS dos pobres trabalhadores com a ilusão do carnaval que se encerra de sexta e na feira da paixão de uma ilusão de quaisquer dias ou ano que o rebento estourou nessa roda morta que já nasce condenada a miséria da esperança das novelas das oito, nove ou mesmo dez, tudo dependerá do tamanho da industria, empresa essa que o nosso governo do povo acaba de aprovar uma exceção para o evento do planeta dos que nunca serão, mas quem se importa? Afinal brasileiro que é, acorda cedo e vai a luta, ainda que o seu falador acorde apenas com o cheiro bom da picanha que os amigos acabam se privilegiando de todas as benesses, deste modo, lutar é vão, para melhor fortuna daquele que está ao lado dos apontados pelos deuses de não ter o seu fígado acebolado diariamente, mas pra que reclamar se no final é ho ho holofote que conta no estandarte do cheque especial, ou mais moderno ainda está para o crédito de futuro, assim não se sente o mardito saindo da suadeira de um mês de ralos, que enfim, sonhamos, e caímos do burrico num espreguiçadeira nas areias cinzas, ops, branca, mas está cinza, enfim, da pujança do progresso, de uma gelada rasgando a garganta do infeliz que está condenado a filas de biopsias com atestado de mais fundos a sacar, afinal, quem está condenado tem direitos, entoa então nosso feliz ano que vem e um prosperado Be be be bem longe de tudo que não quer dizer nada...chega? Já! Poderia, mas é sem ser sendo.
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