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sábado, 30 de agosto de 2014

Indefinitiva pedrada...


 
Indefinitiva pedrada...

Ricardo Guarnieri

 

Definitivamente não existe dia bom ou ruim,

o que existe sou o eu, o entre, nós,

Não que tenhamos o controle, a escolha,

muito longe disso,

o que escolhemos é o caminho,

mas esse está,

e o sendo vão indo dentro do possível.

as vezes,

nem acreditamos de tão fácil,

outras,

nem tentanto tudo e mais um pouco,

é o limite da física,

da inculcação, da existência, do ir e vir,

sem nunca chegar.

Óbviamente que a chegada não importa,

não porque a beleza esteja na caminhada,

mas pelo simples fato de que o fim é impossível.

A morte, certeza única,

mas não para consciência,

morrer é para os paranóicos

porque eu, enquanto sã consciência, engana-o todos os dias que posso.

Certeza do fim, só de ouvir falar.
 

 


2 comentários:

  1. Mal imposto? Não. Males impostos! Morrer é paranoia. Chorar é paranoia. Sentir é paranoia. Filosofar, de certa forma nos faz paranoicos. Afinal, a loucura precede do paranoico ato de pensar. Valeria ser normal, num mundo extremamente paranoico? Paranoias a parte, enganemos inevitavelmente a morte, a todo segundo.

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  2. E o que é normal? Pára a nóia cara!
    Gostei da pedrada indefinitiva porque ela abre um buraco, deixa um vazio, mas não destrói a estrutura rochosa. Fiquei pensando sobre o que não morre na vida mesmo com as pedradas, os desgastes, as ausências, os vazios. Será o amor?

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